FDA aprova tirzepatida como primeiro medicamento para apneia obstrutiva do sono moderada a grave em adultos com obesidade
Em uma decisão histórica, o Food and Drug Administration (FDA), responsável pela regulamentação de medicações nos EUA, aprovou a
tirzepatida
(Princípio ativo do
Mounjaro®) para o tratamento da apneia obstrutiva do sono (AOS) em adultos com obesidade.
A aprovação foi baseada nos robustos resultados dos estudos clínicos SURMOUNT-OSA, publicados em junho de 2024 no New England Journal of Medicine, e representa a primeira vez que uma medicação é oficialmente liberada para tratar apneia obstrutiva do sono moderada a grave e obesidade.
Obesidade: um dos principais gatilhos da apneia
A obesidade é considerada o principal fator de risco modificável para a apneia do sono.
O acúmulo de gordura na região cervical, na língua e nas vias aéreas superiores aumenta a chance de obstruções durante o sono.
Além disso, a obesidade está associada à inflamação sistêmica e à resistência insulínica, que também contribuem para a gravidade da AOS.
Estudos mostram que mais de 70% dos pacientes com AOS têm sobrepeso ou obesidade.
O risco de desenvolver apneia do sono aumenta progressivamente com o aumento do índice de massa corporal (IMC), especialmente acima de 30 kg/m².
Limitações do tratamento convencional com CPAP
O CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas) continua sendo o tratamento de primeira linha recomendado pelas diretrizes da American Academy of Sleep Medicine (AASM).
No entanto, a
adesão ao CPAP é um desafio: estima-se que até 50% dos pacientes não consigam manter o uso regular, seja por desconforto, claustrofobia ou ruídos.

Além disso, o CPAP não atua na causa da doença, como a obesidade, e sim nos sintomas respiratórios.
Por isso, há crescente interesse em abordagens integradas que tratam a obesidade e a apneia de forma conjunta.
O que é tirzepatida?
A tirzepatida é uma medicação inovadora que atua como agonista dual dos receptores GIP (peptídeo inibidor gástrico) e GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon tipo 1), promovendo efeitos sinérgicos no controle do apetite, metabolismo da glicose e perda de peso.
É o princípio ativo dos medicamentos
Mounjaro® e
Zepbound®, ambos desenvolvidos pela
farmacêutica norte-americana Lilly.



Atualmente, a tirzepatida é o tratamento em uso clínico com os maiores índices de perda de peso documentados em estudos randomizados.
Dados dos ensaios clínicos mostram que os pacientes perdem em média até 21% do peso corporal, e cerca de 1 a cada 3 indivíduos atinge uma redução superior a 25% do peso com o uso da medicação.

Inicialmente aprovada para o tratamento do diabetes tipo 2, a tirzepatida demonstrou benefícios significativos em diversos desfechos cardiometabólicos, o que impulsionou sua investigação em outras condições associadas à obesidade, como a apneia obstrutiva do sono (AOS).
Nos Estados Unidos, o Mounjaro® foi aprovado pelo FDA em maio de 2022 para o tratamento do diabetes tipo 2, enquanto no Brasil essa aprovação ocorreu pela ANVISA em setembro de 2023, com início da comercialização em farmácias somente em maio de 2025.
Já a indicação da tirzepatida para tratamento da obesidade foi aprovada pelo FDA em novembro de 2023, sob o nome comercial Zepbound® , utilizando as mesmas doses já aprovadas para o Mounjaro®.
No Brasil, a Lilly já submeteu o pedido de inclusão dessa indicação em bula à ANVISA, com expectativa de aprovação ainda no segundo semestre de 2025.
Em dezembro de 2024, a tirzepatida passou a ser a primeira e única medicação aprovada pelo FDA especificamente para o tratamento da apneia obstrutiva do sono moderada a grave associada à obesidade em adultos.
Embora essa indicação ainda não conste na bula aprovada no Brasil, a decisão da agência norte-americana representa um passo importante para o tratamento do paciente com obesidade e apneia.
O que é a apneia obstrutiva do sono?
A apneia obstrutiva do sono (AOS) é um distúrbio respiratório caracterizado por episódios recorrentes de obstrução parcial ou completa da via aérea superior durante o sono, levando à interrupção (apneia) ou redução do fluxo respiratório (hipopneia).

Esses eventos ocorrem apesar do esforço respiratório contínuo, resultando em:
- Hipóxia intermitente (quedas nos níveis de oxigênio no sangue);
- Fragmentação do sono (múltiplos microdespertares);
- E, consequente, comprometimento da qualidade do sono.
Quais são os sintomas mais comuns da apneia obstrutiva do sono?
Os sintomas mais comuns da apneia obstrutiva do sono (AOS) refletem a fragmentação do sono e a hipoxemia intermitente que ocorrem durante os episódios de obstrução da via aérea.
São eles:
Durante o sono:
- Ronco intenso e persistente

- Pausas respiratórias observadas, seguidas de engasgos, sufocamento ou suspiros, muitas vezes relatadas por parceiros de quarto.

- Sono agitado, com despertares frequentes e movimentos excessivos.
- Despertares com sensação de falta de ar.
Durante o dia:
- Sonolência excessiva diurna – dificuldade para se manter acordado durante atividades passivas, como assistir televisão, ler ou dirigir.
- Fadiga persistente e sensação de sono não reparador, mesmo após horas adequadas de sono.
- Cefaleia matinal (principalmente frontais), associadas à má oxigenação durante a noite.
- Dificuldade de concentração, problemas de memória e redução da atenção.

- Alterações de humor, como irritabilidade, depressão e ansiedade.
Sintomas associados:
- Noctúria (necessidade frequente de urinar à noite).
- Disfunções sexuais.
Quem tem maior risco de desenvolver apneia obstrutiva do sono?
A apneia obstrutiva do sono (AOS) é uma condição multifatorial, mas a obesidade é o principal fator de risco.
Obesidade
- A obesidade, especialmente o acúmulo de gordura na região cervical e visceral,
estreita as vias aéreas superiores e
aumenta a tendência ao colapso durante o sono.
- Um aumento de 10% no peso corporal pode resultar em um aumento de até 6 vezes no risco de desenvolver AOS.
- A obesidade também promove inflamação sistêmica,
resistência à insulina e alterações hormonais (como aumento da grelina e redução da leptina), que podem perpetuar o ganho de peso e piorar a apneia.
- Além disso, AOS e obesidade formam uma relação
bidirecional: a apneia fragmenta o sono, desregula o metabolismo e favorece o aumento de peso.
Outros fatores de risco relevantes:
- Sexo masculino: Homens têm de 2 a 3 vezes mais risco que mulheres, embora a diferença reduza após a menopausa.
- Idade: A prevalência aumenta com a idade, especialmente após os 40-50 anos.
- Alterações craniofaciais: Retrognatia, hipertrofia de amígdalas ou outras anomalias anatômicas.
- Histórico familiar: Hereditariedade pode influenciar pela genética craniofacial e controle do sono.
- Uso de álcool e sedativos: Relaxam ainda mais a musculatura das vias aéreas superiores.

- Tabagismo: Triplica o risco de AOS em comparação a não fumantes.
- Comorbidades associadas: Hipertensão resistente, insuficiência cardíaca, fibrilação atrial, diabetes tipo 2, hipotireoidismo, síndrome dos ovários policísticos, doença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD).
Como é feito o diagnóstico da apneia do sono?
O diagnóstico da apneia obstrutiva do sono é baseado em três pilares principais:
1. Avaliação clínica
- História detalhada dos sintomas:
- Ronco alto e frequente,
- Pausas respiratórias observadas,
- Sonolência excessiva diurna,
- Cefaleia matinal, fadiga e alterações de humor.

- Identificação de fatores de risco:
- Obesidade, sexo masculino, idade avançada, alterações anatômicas.
2. Questionários de triagem
- Utilizados para
estimativa de risco antes da confirmação diagnóstica:
- Questionário STOP-BANG,

- Escala de Sonolência de Epworth,
Ajudam a selecionar pacientes que devem ser encaminhados para exames de polissonografia.
3. Estudo do sono (polissonografia)
- Polissonografia noturna completa (PSG tipo I): realizada em laboratório de sono, onde o paciente dorme monitorado. É considerada o padrão-ouro.
- Avalia apneias, hipopneias, dessaturações de oxigênio e fragmentação do sono.
- Permite calcular o
Índice de Apneia-Hipopneia (IAH), usado para classificar a gravidade:
- Leve: IAH 5–14 eventos/hora,
- Moderada: IAH 15–29 eventos/hora,
- Grave: IAH ≥30 eventos/hora.

- Polissonografia Domiciliar (Tipo 2):
- Alternativa em casos de alta probabilidade clínica para SAOS e ausência de outras doenças associadas. Assim, a confirmação se dá pela presença de um índice de apneia-hipopneia (IAH) ≥5 eventos por hora associado a sintomas, ou ≥15 eventos/hora mesmo sem sintomas.
Qual é o tratamento padrão para a apneia obstrutiva do sono?
O tratamento padrão para a apneia obstrutiva do sono (AOS) é o uso de pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP — Continuous Positive Airway Pressure).

CPAP: O que é e como funciona
- O CPAP aplica uma pressão constante de ar através de uma máscara nasal ou oronasal durante o sono, mantendo as vias aéreas superiores abertas e evitando episódios de apneia.

- É considerado o
tratamento de escolha para AOS moderada a grave, e o mais eficaz na redução de sintomas como:
- Ronco;
- Sonolência diurna;
- Fragmentação do sono.
- Também contribui para a melhora de comorbidades associadas, como hipertensão arterial e diabetes tipo 2 e redução do risco para doenças cardiovasculares.

Alternativas para casos selecionados
Em situações em que o CPAP não é tolerado ou não é eficaz, outras opções podem ser consideradas:
- Aparelhos intraorais (aparelhos de avanço mandibular): para casos leves a moderados;
- Cirurgias das vias aéreas superiores: em casos anatômicos específicos, como a uvulopalatofaringoplastia;
- Estimulação do nervo hipoglosso: alternativa para pacientes selecionados com intolerância ao CPAP.
Qual é o papel da perda de peso no tratamento da apneia obstrutiva do sono?
A perda de peso é um componente fundamental no tratamento da apneia obstrutiva do sono (AOS), especialmente em pacientes com sobrepeso ou obesidade.
Estudos mostram que uma redução de 10% no peso corporal pode diminuir o índice de apneia-hipopneia (IAH) em até 26%.
A diminuição da gordura na região cervical e ao redor das vias aéreas superiores reduz a tendência ao colapso respiratório durante o sono, melhorando significativamente a gravidade da AOS.
Além da melhora respiratória, a perda de peso também proporciona benefícios metabólicos importantes, como o controle da pressão arterial, a melhora da resistência à insulina e a redução do risco cardiovascular, que são frequentemente alterados em pacientes com apneia do sono.
Para atingir esse objetivo, abordagens incluem mudanças de estilo de vida (dieta e atividade física), terapias farmacológicas (como a tirzepatida) e, em casos de obesidade grave, cirurgia bariátrica.
Apesar dos benefícios, a perda de peso isoladamente raramente leva à remissão completa da AOS.
Na maioria dos casos, mesmo após emagrecimento expressivo, algum grau de apneia persiste, e tratamentos complementares, como CPAP ou dispositivos orais, podem continuar sendo necessários.
Estudo SURMOUNT-OSA: resultados que mudaram a prática clínica
O SURMOUNT-OSA consistiu em dois estudos de fase 3, randomizados, controlados e duplo-cegos, envolvendo 469 adultos com obesidade (IMC médio de 39 kg/m²), peso corporal médio de aproximadamente 120 kg e apneia obstrutiva do sono moderada a grave (índice IAH médio de 50 eventos/hora).
- Estudo 1: Pacientes que não usavam CPAP.
- Estudo 2: Pacientes em uso de CPAP.
Os participantes foram randomizados para receber a dose máxima tolerada de tirzepatida (10 ou 15 mg) ou o placebo, uma vez por semana, por 52 semanas, associados a orientações de estilo de vida.
O desfecho primário foi a mudança no índice de apneia-hipopneia (IAH).
Entre os desfechos secundários estavam perda de peso, melhora no sono, redução da inflamação (PCR) e da pressão arterial.
Principais Resultados:
Redução da gravidade da apneia- índice de apneia-hipopneia (IAH)
A tirzepatida demonstrou uma redução notável no índice de apneia-hipopneia (IAH):
- Estudo 1 (Sem CPAP): redução média de −25,3 eventos/hora com tirzepatida versus −5,3 eventos/hora com placebo (diferença de −20 eventos/hora; p<0,001).

- Estudo 2 (Com CPAP): redução média de −29,3 eventos/hora com tirzepatida versus −5,5 eventos/hora com placebo (diferença de −23,8 eventos/hora; p<0,001)

Esses resultados representam uma redução de até 58,7% na gravidade da AOS, atingindo um nível de melhora que, segundo a Academia Americana de Medicina do Sono, pode levar à descontinuação do uso de CPAP para muitos pacientes.
Além disso, até 50,2% dos participantes atingiram um IAH considerado leve ou normal após 52 semanas de tratamento com tirzepatida.
Impacto na perda de peso
Outro ponto de destaque do estudo foi a perda de peso expressiva alcançada com a tirzepatida:
Estudo 1 (pacientes que não usavam CPAP):
- Grupo Tirzepatida : Redução de −17,7% do peso corporal basal.
- Grupo Placebo: Perda de peso média de −1,6%.

Estudo 2 (pacientes que utilizavam CPAP)
- Grupo Tirzepatida : Perda de peso média −19,6%.
- Grupo Placebo: Redução de -2,3% no peso

Esses resultados superam amplamente a meta tradicional de redução de 7 a 11% do peso corporal, que já é recomendada pelas diretrizes atuais para melhorar a apneia do sono.
Os dados reforçam que a tirzepatida promoveu uma perda de peso clinicamente significativa, muito superior ao placebo, tanto em pacientes que utilizaram CPAP quanto naqueles que não utilizavam, contribuindo também para a melhora da gravidade da apneia
Além da redução do IAH, a perda de peso adicional contribuiu para:
- Redução da pressão arterial sistólica,
- Redução dos níveis de proteína C-reativa ultrassensível (marcador inflamatório),
Melhora na qualidade de vida
Os participantes tratados com tirzepatida também relataram melhora significativa em parâmetros de qualidade de vida relacionados ao sono:
- Redução nos escores de distúrbio do sono (PROMIS-SD),
- Redução no impacto funcional associado à sonolência diurna (PROMIS-SRI).
Esses efeitos positivos foram observados independentemente do uso de CPAP, ampliando ainda mais a aplicabilidade clínica da tirzepatida.
Segurança e tolerabilidade
A tirzepatida apresentou um perfil de segurança consistente com estudos anteriores:
- Os efeitos colaterais mais comuns foram gastrointestinais (náuseas, diarreia, vômitos e constipação), geralmente leves a moderados e mais frequentes durante o período de escalonamento da dose.

- Não houve aumento de eventos hepáticos, biliares ou renais graves.
Como a tirzepatida atua na apneia do sono?
A tirzepatida é um medicamento injetável aprovado pelo FDA para o tratamento da apneia obstrutiva do sono (AOS) em pacientes com obesidade.
Nos estudos clínicos SURMOUNT-OSA, ela demonstrou:
- Redução de até
58% no índice de apneia-hipopneia (AHI);
- Melhora da oxigenação noturna e da qualidade do sono;
- Perda de peso média próxima a 20%, reduzindo a causa da AOS;
- Redução da inflamação sistêmica (queda da PCR).
Diferentemente do CPAP, que atua apenas como suporte respiratório durante o sono, a tirzepatida oferece uma abordagem terapêutica que atua na causa da apneia — a obesidade.
Assim, ao promover perda de peso expressiva e melhora metabólica, ela contribui para reduções sustentadas nos eventos de apneia e nos riscos associados à doença.
Quem pode usar a tirzepatida para apneia do sono?
A tirzepatida está indicada para:
- Adultos com apneia obstrutiva do sono moderada a grave.
- Pacientes com obesidade (IMC ≥30 kg/m²).
- Pacientes com ou sem uso de CPAP.
Não é indicada para apneia central do sono nem para indivíduos sem obesidade.
Tirzepatida substitui o CPAP?
A tirzepatida não substitui o CPAP, mas pode complementar o tratamento da apneia obstrutiva do sono em pacientes com obesidade.

Ao promover perda de peso significativa, ajuda a reduzir a gravidade da apneia, mas a retirada do CPAP deve ser avaliada caso a caso, com base em novos exames e critérios clínicos.
A apneia do sono pode ser curada?
A cura completa é rara.
Mesmo com perda de peso, melhora da anatomia ou uso de CPAP, muitos pacientes ainda mantêm algum grau de apneia.
O objetivo do tratamento é controlar a doença, reduzir os riscos cardiovasculares e melhorar a qualidade de vida.
O que muda na prática clínica?
A aprovação da tirzepatida oferece aos médicos endocrinologistas e especialistas do sono uma opção inédita e eficaz para tratar a apneia obstrutiva do sono em adultos com obesidade.
A possibilidade de atuar na raiz da doença — o excesso de peso — e, ao mesmo tempo, melhora parâmetros respiratórios e metabólicos.
Embora a tirzepatida traga um avanço importante, é fundamental lembrar que o tratamento ideal segue sendo multidisciplinar: mudanças no estilo de vida, avaliação da necessidade de CPAP e acompanhamento clínico regular continuam essenciais para o sucesso terapêutico a longo prazo.
Considerações finais
A aprovação da tirzepatida pelo FDA para o tratamento da apneia obstrutiva do sono moderada a grave em adultos com obesidade representa um marco na abordagem integrada dessa condição.
Pela primeira vez, temos uma medicação que não apenas alivia os sintomas respiratórios, mas trata a principal causa da doença: o excesso de peso.
Os resultados do estudo SURMOUNT-OSA demonstram reduções expressivas no índice de apneia-hipopneia, melhora na qualidade do sono, na oxigenação e uma perda de peso sustentada e clinicamente significativa — associada com um bom perfil de segurança.
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Fontes:
- Malhotra, Atul et al. “Tirzepatide for the Treatment of Obstructive Sleep Apnea and Obesity.” The New England journal of medicine vol. 391,13 (2024): 1193-1205
- Jastreboff, Ania M et al. “Tirzepatide Once Weekly for the Treatment of Obesity.” The New England journal of medicine vol. 387,3 (2022): 205-216.
- https://www.fda.gov/news-events/press-announcements/fda-approves-first-medication-obstructive-sleep-apnea
- https://investor.lilly.com/news-releases/news-release-details/fda-approves-zepboundr-tirzepatide-first-and-only-prescription
- https://aasm.org/zepbound-approved-fda-first-sleep-apnea-medication/
- https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/medicamentos/novos-medicamentos-e-indicacoes/mounjaro-r-tirzepatida-novo-registro
- Bula para Paciente - Mounjaro® (tirzepatida)
- https://www.mounjaro.com/
- https://www.zepbound.lilly.com/
- https://www.fda.gov/news-events/press-announcements/fda-approves-new-medication-chronic-weight-management